"Os alunos do 3º, 4º e 5º anos arrasaram no coral, cantando as músicas de Herivelton Martins que foram trabalhadas na Sala de Leitura e Informática, com todas as turmas da escola.
Parabéns, Tia Estefani que ensaiou o grupo e a todos os participantes! Foi Brilhante!"
Herivelto
de Oliveira Martins (Vila de Rodeio, 30 de janeiro de 1912 — Rio de Janeiro, 17
de setembro de 1992) foi um compositor, cantor, músico e ator brasileiro.
Filho do
agente ferroviário Félix Bueno Martins e da costureira e doceira Dona Carlota,
nascido na Vila de Rodeio, hoje município de Engenheiro Paulo de Frontin,
Herivelto Martins, aos três anos de idade, já se apresentava de casaca,
declamando versos em eventos organizados por seu pai.
Em
1916, a família mudou-se para Barra do Piraí, onde "seo" Félix fundou
a Sociedade Dramática Dançante Carnavalesca Florescente de Barra do Piraí, que
além de bailes, criava e dirigia espetáculos teatrais. Ele organizou, ainda, o
grupo Pastorinhas de Barra do Piraí, que se apresentava no Natal, com Herivelto
vestido de Papai Noel.
As
atividades artísticas do pai motivaram o pequeno Herivelto a criar o seu
próprio grupo teatral, com seus irmãos Hedelacy, Hedenir e Holdira e algumas
meninos da vizinhança. Aos 9 anos de idade, compôs a paródia Quero Uma Mulher
Bem Nua (Quiero una mujer desnuda) e o samba Nunca Mais, que não foi gravado.
Aos 10
anos aprendeu música na Sociedade Musical União dos Artistas, de Barra do
Piraí, onde tocou bombardino, pistom, e caixa, até a idade de 19 anos, mas
apresentava preferência pelo violão e cavaquinho, que já "arranhava".
Entre 1922 e 1931, participou como músico da banda da Sociedade Musical União
dos Artistas de Barra do Piraí.
Os
problemas financeiros eram constantes, assim como as discussões domésticas.
Herivelto e seus irmãos ajudavam, vendendo os doces que sua mãe fazia. A
família acabou falindo e perdendo a casa, para pagamento de dívidas da
Sociedade fundada por "Seu" Félix.
Aos 12
anos de idade, Herivelto foi ser caixeiro em uma loja de móveis, emprego que o
pai lhe arranjou.
Em 1925,
com apenas 13 anos, Herivelto conheceu os artistas circenses Zeca Lima e
Colosso, que passavam pela cidade, e com eles formou um trio e seguiu para
Juparanã, onde apresentaram um grandioso espetáculo. Durante um ano, o trio
apresentou-se pelo interior do Rio de Janeiro, até que, procurados pela
Polícia, Colosso e Zeca Lima foram presos em Vassouras e o delegado mandou
Herivelto para casa.
Em 1930,
com a promoção de "Seu" Félix, a família foi morar no Brás, a Rua
Saião Lobato, em São Paulo e se empregou em um botequim, onde ganhou o apelido
de Carioca.
Após mais
uma discussão com o pai, aos 18 anos de idade e com apenas 1 conto e 200 réis
no bolso, Herivelto partiu para o Rio de Janeiro, com o desejo de tentar uma
carreira artística. Ele passou a dividir o aluguel de um pequeno quarto com seu
irmão, Hedelacy, e mais seis rapazes, quatro deles mortos na Revolução de 32.
Para sobreviver, teve de vender o relógio Roskoff "Estrada de Ferro",
presente de seu padrinho.
No Rio
de Janeiro, Herivelto foi palhaço de circo, vendedor, ajudante de contabilidade
e, aos sábados, fazia barbas na barbearia onde o irmão Hedelacy trabalhava. Com
o dinheiro da gorjeta, garantia o "Feijão à Camões" (prato fundo com
feijão preto e uma colher de arroz no meio), do Bar de "Seu"
Machado", da semana.
Foi no
Bar de "Seu" Machado que Herivelto recebeu o convite de
"Seu" Licínio, para gerenciar sua barbearia no Morro de São Carlos.
Era sua oportunidade de conhecer os grandes sambistas que ali moravam. Foi no
São Carlos onde Herivelto conheceu o compositor José Luís da Costa - Príncipe
Pretinho - que lhe apresentou a J.B. de Carvalho, do Conjunto Tupi, amigo do
dono da gravadora RCA Victor.
Em 1932,
Herivelto Martins, através de uma parceria com J.B. de Carvalho, conseguiu
lançar, pela RCA Victor, sua composição Da Cor do Meu Violão, homenagem a uma
namorada que teve no bairro do Carvão, em Barra do Piraí, que seu pai insistia
em dizer que era escura demais para ele. A marchinha fez grande sucesso no
carnaval daquele ano, o que levou Herivelto a integrar o coro do Conjunto Tupi
como ritmista. Ele inovou ao fazer breques durante as gravações, quando isso
não era permitido, e por essa e outras iniciativas, Mister Evans, diretor geral
da RCA Victor, o promoveu a diretor do coro.
Em 1933,
Herivelto teve mais duas músicas gravadas: O Terço do Zé Faustino, com Euclides
J. Moreira, pelo Conjunto Tupi, e O Enterro da Filomena, pelo Conjunto RCA.
Em uma
época em que o samba ainda não havia descido o morro e ganhado a cidade,
Herivelto criou várias músicas para homenagear a Estação Primeira de Mangueira,
entre elas: Saudosa Mangueira e Lá em Mangueira.
Em 1986,
Herivelto Martins foi homenageado pela escola de samba Unidos da Ponte, com o
enredo “Tá na hora do samba, que fala mais alto, que fala primeiro”, o
homenageado participou do desfile.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Herivelto_Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário